Ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues é denunciado na Operação Calvário
O ex-prefeito de Campina Grande Romero Rodrigues (PSD) é alvo de nova denúncia do Ministério Público da Paraíba (MPP) no âmbito da Operação Calvário. A denúncia foi protocolada nesta quarta-feira (24).
Também são alvo Jovino Machado da Nóbrega Neto, Saulo Ferreira Fernandes e Daniel Gomes da Silva.
A denúncia aponta suposta propina na campanha de Romero em 2012, quando ele foi eleito pela primeira vez prefeito da Rainha da Borborema.
O MP cita o sistema de organizações sociais implantado no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea) e no Hospital Pedro I, que passariam a ser geridos pela Cruz Vermelha do Brasil – filial do Rio Grande do Sul, representada por Daniel Gomes. Teria sido paga propina no valor de R$ 150 mil.
“Este valor foi pago integralmente antes do pleito municipal de 2012, em duas parcelas, utilizando-se para tanto do 2° denunciado (Jovino Machado da Nobréga Neto) que no mês de ano de 2012 (ano das eleições municipais), viajou para a cidade do Rio de Janeiro, como representante dos interesses políticos do grupo liderado pela família CUNHA LIMA, em Campina Grande, mas, também, valendo-se da condição de aliado do governador do Estado, Ricardo Coutinho”, diz.
Parte do dinheiro teria sido entregue em mãos a Romero Rodrigues. Outra teria sido repassada por meio do advogado Jovino Machado da Nóbrega Neto, coordenador jurídico do Estado da Paraíba na época
O contrato com a Cruz Vermelha, no entanto, não foi feito. A Câmara Municipal aprovou o projeto de lei que permitiria que organização gerisse o hospital, mas houve uma ruptura política entre Cássio Cunha Lima, cabo eleitoral de Romero Rodrigues, e Ricardo Coutinho.
É pedido na denúncia a perda do cargo, emprego ou função pública dos investigados, além da perda de mandato eletivo e reparação dos R$ 150 mil aos cofres públicos por Romero Rodrigues e Jovino Machado da Nóbrega Neto.