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Renan Calheiros diz que convocação de governadores ‘não é prioridade’

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 recebeu da Procuradoria-Geral da República (PGR) informações sobre inquéritos contra governadores e suposta má aplicação de recursos federais destinados ao combate à pandemia. No entanto, segundo o relator do colegiado, Renan Calheiros, as investigações vão acontecer, mas não agora. “Alguns fatos que já estão sendo investigados pelo Ministério Público e pela Polícia Federal. Não vamos fazer uma dupla investigação. Esses fatos não são prioritários na Comissão Parlamentar de Inquérito. Nós vamos investigar tudo que for necessário, mas dentro de um roteiro óbvio e dar competência do Senado Federal”, afirmou, explicando que uma CPI é necessária quando um determinado assunto não é investigado devidamente. No caso dos Estados, segundo ele, o Ministério Público já está fazendo esse trabalho.

O senador Marcos Rogério discorda da afirmação. Segundo ele, existe uma articulação na CPI para blindar governadores e prefeitos e culpar o presidente da República, Jair Bolsonaro. “Nós temos documentos com raio dos repasses aos Estados, o que foi feito com esse recurso, qual foi o resultado produzido com essa gestão, e se foi satisfatório, se não foi satisfatório. As apurações da Polícia Federal, nós tivemos 51 operações até outubro do ano passado, em 18 Estados da federação, com suspeita de corrupção, cheira mal isso”, disse, defendendo a necessidade de que as investigações sejam aprofundadas. Segundo o senador, nas próximas semanas, a CPI da Covid-19 deve rastrear o dinheiro que foi repassado aos Estados. Marcos Rogério lembrou que já existem dois depoimentos marcados para a próxima semana: as oitivas do atual e do ex-secretário de Saúde do Amazonas.

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