Bolsonaro pede visto de mais 6 meses às autoridades norte-americanas
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou ao governo dos Estados Unidos um novo visto de visitante para permanecer no país. Se aceito, o ex-mandatário poderá permanecer nos EUA por mais seis meses. A informação é do jornal Financial Times.
Segundo a reportagem do periódico britânico, o pedido de Bolsonaro foi recebido pelas autoridades norte-americanas na última sexta-feira (27/1). Eles ainda obtiveram informação da defesa de Bolsonaro, que alegou que, enquanto tramitarem processos contra ele no Brasil, o ex-presidente deve ficar fora do território brasileiro.
“Acho que a Flórida será seu lar temporário longe de casa”, disse Alexandre, fundador da AG Immigration e um dos advogados do ex-mandatário. “Neste momento, com a situação dele, acho que ele precisa de um pouco de estabilidade”, completou.
O advogado acrescentou que não há evidências de que Bolsonaro tenha participação ou envolvimento nos ataques terroristas de 8 de janeiro, em Brasília (RN).
Ele disse, ainda, que Bolsonaro passa os dias “estressado e desapontado”, e que apenas visitas regulares de apoiadores o animam. Ele também ventilou a possibilidade de o ex-presidente pedir um visto que permito um período de estadia maior do seis meses.
VISTO DIPLOMÁTICO
Bolsonaro viajou aos Estados Unidos em 30 de dezembro com um visto A-1, frequentemente reservado a diplomatas e chefes de Estado. A permissão perde a validade no fim deste mês.
O documento vai expirar porque, de acordo com as regras vigentes nos EUA, portadores de vistos diplomáticos que deixam o cargo devem submeter pedidos de permanência em até 30 dias. Dessa forma, como Bolsonaro perdeu o mandato em 1º de janeiro, ele deve preencher um formulário e enviá-lo à Divisão Diplomática do Governo até o dia 31 deste mês.
No sábado (28/1), o senador e filho do ex-presidente, Flávio Bolsonaro (PL), disse que o pais pode “nunca” voltar ao Brasil. Questionado sobre quando o ex-presidente voltaria, Flávio deixou em aberto: “Pode ser amanhã, pode ser em seis meses, pode ser nunca”.