Lula enfrenta impasse e deve afetar aliados para abrigar Centrão nos Ministérios
Com a nomeação do deputado federal Celso Sabino (União Brasil-PA), o próximo passo do Palácio do Planalto será iniciar as negociações para a minirreforma na Esplanada dos Ministérios, com objetivo de ampliar a base governista e facilitar votações no Legislativo.
O ministro Alexandre Padilha, das Relações Internacionais, se reuniu na terça-feira, 18, em encontros separados, com os deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), nomes já indicados pelos dois partidos, PP e Republicanos, para Esplanada dos Ministérios.
A entrada dos parlamentares no governo é dada como certa, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta um impasse e ainda não definiu onde os representantes das siglas do Centrão serão alocados. Segundo Padilha, com exceção do Ministério da Saúde, atualmente chefiado por Nísia Trindade, “está tudo em aberto”.
Ou seja, há uma sinalização de que outras pastas estão disponíveis para possíveis negociações. Nos bastidores, aliados de Lula dizem esperar que aliados de outros partidos, como PSB e PCdoB, além de nomes ligados ao próprio PT, serão afetados na dança das cadeiras.
Apesar das negociações, a definição das mudanças, no entanto, deve acontecer a partir da próxima sexta-feira, 21, com o retorno de Lula ao Brasil. A indicação foi feita pelo próprio mandatário, que fez questão de deixar claro que “não são os partidos que pedem ministérios, é o presidente quem oferece”.