O embaixador de Israel na Organização das Nações Unidas (ONU), Gilad Erdan, declarou que o grupo extremista Hamas, responsável por ataques desde o último sábado (7/10), conta com o apoio das Nações Unidas. A declaração do diplomata ocorreu nesta sexta-feira (13/10) em Nova York, sede da organização internacional.
“O Hamas cometeu essa atrocidade em larga escala, porque eles contam com…, e peço desculpas pelo que estou prestes a dizer, mas eles contam com a ONU, assim como fizeram no passado, para vir em seu socorro”, defendeu Erdan.
As críticas à organização internacional ocorrem no mesmo dia em que o Brasil, na condição de presidente do Conselho de Segurança da ONU, convocou uma reunião para discutir o avanço do conflito entre Israel e Hamas, no Oriente Médio.
“Eles acreditam que a comunidade internacional agora vai impedir Israel de apagar a infraestrutura terrorista do Hamas. O Hamas quer que o mundo negue o direito de autodefesa de Israel, para que possam manter seus recursos e cometer outra atrocidade desse tipo no futuro”, completou o embaixador israelense.
Na noite dessa quinta-feira (12/10), o Exército de Israel ordenou a retirada de 1 milhão de civis do norte da Cidade de Gaza em 24 horas. O ultimato ocorre em meio aos preparativos para uma ofensiva terrestre para tentar reprimir o grupo Hamas.
As famílias devem deixar as suas casas em direção ao sul. O pedido expira às 18h desta sexta, pelo horário de Brasília.
Stephane Dujarric, porta-voz da ONU, pediu que qualquer ordem de ataque por Israel seja rescindida, “evitando o que poderia transformar o que já é uma tragédia em uma situação calamitosa”.
“As Nações Unidas consideram impossível que tal movimento ocorra sem consequências humanitárias devastadoras”, uma vez que o ultimato não dá tempo hábil para retirada de todos os civis da área.
Na mesma linha, a Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou que retirar as pessoas que estão em estado grave dos hospitais de Gaza é “sentença de morte”.
O conflito entre Israel e o Hamas se intensificou no último sábado, quando membros do grupo islâmico atacaram o território israelense. Até o momento, foram confirmados cerca 2,8 mil mortos: 1.537 palestinos e 1,3 mil israelenses.
Metrópoles