A filha de Lampião e Maria Bonita, Expedita Ferreira Nunes, está processando o escritor Tiago Pavinatto, autor do livro “Da Silva: a Grande Fake News da Esquerda: o Perfil de um Criminoso Conhecido e Famoso Pela Alcunha Lampião”, publicado pela editora Almedina, que também é processada.
Em nota, o escritório de advogados Candido Dortas, que representa a família Ferreira, disse que Pavinatto produz conteúdos “carentes de fundamentos históricos e caracterizados por um teor extremamente agressivo à honra de Lampião e seus familiares”.
“Os pedidos apresentados na ação judicial visam exclusivamente resguardar os fatos históricos e assegurar a devida retratação aos familiares de Lampião, bem como aqueles que se dedicam ao estudo do fenômeno do cangaço e suas interações sociais”, acrescenta a nota.
No sábado (18), o escritor publicou em suas redes sociais que a filha de Lampião estava tentando tirar seu livro de circulação, o que a família e os advogados negam.
“Ressaltamos que a ação não busca impedir a circulação e a comercialização do livro, ao contrário do que foi afirmado pelo autor”, diz uma nota assinada pela família Ferreira que conta com partes do processo em anexo.
Nas imagens anexadas, o processo pede o reconhecimento de “abuso do exercício da liberdade de expressão e informação dos demandados” ao macular o nome de Lampião e Maria Bonita, a publicação de uma nota de retratação e a remoção do “excesso de linguagem e adjetivação que implica em menções desonrosas à figura de Lampião”, sob pena de multa diária.
O processo também pede que os demandados sejam condenados por danos morais e a indenizar Expedita Ferreira Nunes “pela violação dos direitos personalíssimos de seu genitor”.
Em um vídeo no seu canal do YouTube, Pavinatto disse que a filha de Lampião pediu o valor de R$ 245 mil por danos morais no processo e acrescentou: “Você está pedindo retratação para a pessoa errada. Se tem uma coisa que eu não faço é me retratar.”