Flavia Jannuzzi revelou que seus posicionamentos passaram a gerar incômodo nos bastidores da Globo e ela era chamada de “Barbie fascista” pelos colegas de empresa.
Jannuzzi explicou que na reta final de sua estadia na emissora passou a integrar uma equipe pequena do Jornal da Globo e tinha atritos com os colegas por suas posições, fato que lhe rendeu a alcunha pejorativa. “Na verdade eu não me entrosava mais [com a equipe], já fazia mais Jornal da Globo, a gente tinha uma equipe pequena e às vezes, quando saíamos para lanchar, discordava de algumas coisas ali na mesa, já ficava [me sentindo] o patinho feio, deviam falar que eu era a Barbie Fascista. Não tenho nada de fascista, Barbie até pode ser pela cor do cabelo”, declarou em entrevista ao podcast GeralPod.
A apresentadora disse que passou a se sentir uma “minoria” na redação e criticou a falta de pluralidade nos veículos de imprensa. “Eu me considero hoje uma minoria numa redação. Acho que uma redação rica tem uma mescla de idades, de experiências, de gênero, local de origem, porque você traz experiências. Quando você taxa uma determinada parte da população, um determinado grupo, você restringe isso e empobrece”.
Embora critique a ausência dessa “mescla”, Jannuzzi admitiu que na sua época de Globo existia essa pluralidade. “Tive o privilégio de ter uma redação muito mesclada na minha época, com muitos negros e gays, só que hoje a gente ver uma apropriação política [dessas pautas] e isso virou um espaço de militância onde deveria ter um espaço de mérito, de escrita de excelência, eferverscência de pensamento, de você poder questionar, discutir pautas e trazer coisas bacanas”.