A Amazônia é tomada por facções, que a transformam em um trajeto do crime organizado
A Amazônia se tornou um território cada vez mais disputado pelo crime organizado, com facções como Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC) infiltrando-se no garimpo ilegal, no tráfico de drogas e no desmatamento.
O dano dessa expansão criminosa já é sentido, com o aumento da violência e da degradação ambiental na região. Em 2023, a Amazônia Legal registrou mais de 8 mil mortes violentas, um aumento de 41,5% em relação à média nacional.
A presença das facções se expande rapidamente: de 772 municípios da região, 260 já confirmaram a atuação de grupos criminosos. O Comando Vermelho, com origem no Rio de Janeiro, domina 130 municípios, especialmente em áreas de fronteira com a Bolívia, Peru e Colômbia, enquanto o PCC controla outros 28.
Renato Madsen, coordenador-geral de Proteção da Amazônia na Polícia Federal (PF), afirmou em entrevista ao portal Metrópoles que a força-tarefa da PF está focada em evitar que a região se torne uma nova “rota do crime organizado”, onde a violência e a corrupção crescem paralelamente à destruição ambiental.
A infiltração das facções impulsiona ainda outras redes criminosas, como o tráfico de cocaína, maconha, armas e até de pessoas.
Madsen externou que uma das maiores preocupações da PF é evitar que essas facções criminosas se envolvam diretamente em crimes ambientais.
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