A um dia de julgamento de réu em Itaporanga, família publica nota pedindo justiça
As famílias Mendes e Pachêco, das quais faz parte a vítima Denisvaldo, assassinado em agosto de 2019, encaminharam nota à imprensa e nela expõem sua convicção de que o réu, cujo julgamento está previsto para esta quarta-feira, 28, é verdadeiramente o autor do crime e pedem por justiça.
Veja:
“Denisvaldo, como é do conhecimento de todos, era uma pessoa benquista, nada constava contra o mesmo, pessoa autentica e determinada. Teve seus sonhos destruídos de forma brutal e covarde, ressaltando que, ao mesmo tempo, uma família foi dilacerada com sua partida e de revolta (nunca tivemos um familiar assassinado). Nos dói em lembrar que logo mais será o dia das mães e a sua mãe (GRACINHA) nunca mais terá o abraço caloroso do seu filho, dói em saber que o mesmo perdeu sua vida da forma que foi (com pedradas e pauladas).
Clamamos por empatia, clamamos para que a dor dos meus tios, familiares e amigos de Denisvaldo não seja uma dor qualquer ou mais um número qualquer nas estatísticas, clamamos para que a justiça aconteça.
Ao ler nota do atual advogado do acusado, publicada neste jornal, nos questionamos: SE ELE É INOCENTE:
Por que ele já mudou de advogado três vezes? Por que ele saiu de casa dizendo que ia trabalhar (conforme a esposa nos relatou) e evadiu-se para zona rural, enquanto estava ocorrendo as buscas por Denisvaldo, sendo este o horário que o mesmo deveria está trabalhando? Por que ele só se apresentou após três dias do fato, visto que a polícia estava em sua busca? Porque o advogado atual em sua nota pede para que os jurados não se comova com a opinião pública?
Sabemos que nada fará a vida voltar. Sabemos que nada diminuirá a dor que todos nós, familiares e amigos, estamos sentindo. Porém, nesse momento, nos sentimos aliviados, pois acreditamos que a verdade prevalecerá, que a justiça será feita. Deus proverá, nada passa sem Deus perceber. Por fim, respeitamos e compreendemos a nota de defesa do advogado do réu (visto que o mesmo é pago para isto), porém a comoção popular dá-se mediante ser uma emoção forte, no entanto, não repentina, pois não podemos entender um assassinato brutal e cruel como algo repentino, mas, sim, como ato de covardia”.
Famílias Mendes e Pachêco
Folha do Vale