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Bolsonaro diz que plano de golpe é ‘historinha inventada’ por Alexandre de Moraes

O ex-presidente Jair Bolsonaro classificou como “historinha” o inquérito que investiga um suposto plano de golpe para mantê-lo no poder. Ele afirmou que a investigação seria uma “narrativa inventada” pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em conjunto com a Polícia Federal (PF).

“Não acredito nessa historinha de golpe. Golpe em que ninguém viu um soldado sequer na rua, um tiro, ninguém sendo preso. Alexandre de Moraes fica inventando narrativa com a Polícia Federal bastante criativa”, disse em conversa com apoiadores em Alagoas neste sábado (23).

A Polícia Federal indiciou Bolsonaro e mais 36 pessoas por supostamente tramarem a morte do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes. O relatório aponta crimes como abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

“O que eles estão fazendo agora com essa historinha de golpe? Iam sequestrar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes para quê? E depois envenenar? Vai plantar batata onde você quiser. Pelo amor de Deus. Deixa de perseguir as pessoas por interesse pessoal”, declarou Bolsonaro.

Sobre os acontecimentos de 8 de janeiro, o ex-presidente afirmou que os investigados pelos atos “são pobres coitados, inocentes, chefes de família, que não têm culpa de nada”. Ele argumentou que apenas uma minoria invadiu e entrou na Câmara, no Senado e no Supremo.

Bolsonaro também comentou o pacote de corte de gastos do governo federal, que envolve o Ministério da Defesa, afirmando que seria uma tentativa do governo Lula de “culpar” as Forças Armadas pela suposta tentativa de golpe.

“O governo está indo para cima dos militares para tirar mais dinheiro da previdência deles. No tocante aos projetos estratégicos, foram congelados. Eles querem culpar as Forças Armadas e a mim pela tentativa de golpe, como se Lula fosse defensor da democracia”, afirmou Bolsonaro.

A equipe econômica do governo Lula tem avaliado medidas para conter despesas e manter a viabilidade das regras fiscais, buscando equilibrar as contas públicas. O plano inclui alterações nos gastos com aposentadorias dos militares e ajustes na progressão de carreira, que ocorre de forma encadeada.

Piancó - LGNET

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