No jogo de hoje, logo aos 6 minutos, a França aplicou um grande golpe no Brasil. Kalimuendo Muinga apareceu livre, frente a frente com o goleiro Matheus Donelli. Ele não perdoou e chutou rasteiro. Gol deles. O árbitro titubeou em validar o lance, mas com a ajuda do vídeo, confirmou que o atacante estava em posição legal.
Aos 13 minutos, novo lance rápido do ataque francês, a tabelinha deixou M´Buku livre e ele colocou no gol com muita categoria: 2 a 0. Um balde de água fria. Quem estava no estádio passou a achar muita semelhança com uma outra semifinal traumática, a da Copa de 2014, entre Brasil e Alemanha.
Mas o ímpeto francês parou por aí. Depois, o time se fechou numa retranca com duas linhas de quatro jogadores em frente a área, para evitar os ataques brasileiros. Aos 45 minutos do 1º tempo, um lance que deu esperanças à torcida. O árbitro marcou pênalti para o Brasil, numa falta na linha da grande área. Porém, ao analisar as imagens do vídeo, o salvadorenho Barton desmarcou a infração, o que irritou ainda mais os jogadores. Logo em seguida, para evitar maiores problemas, apitou o final da primeira etapa.
O Brasil veio com uma nova postura no 2º tempo, fazendo uma transição mais rápida entre a defesa e o ataque, afinal, precisava aproveitar cada minuto. De tanto insistir, os brasileiros alcançaram o gol numa cobrança de escanteio. Depois de muito bate-rebate na área, Kaio Jorge se esticou e raspou de cabeça. O goleiro Zinga se esticou todo, mas não chegou: 2 a 1, aos 16 minutos.
Aos 30 minutos, todo o estádio foi à loucura. Cruzamento da linha de fundo, Yan Couto chutou, o goleiro Zinga espalmou para frente e Veron pegou o rebote de primeira: 2 a 2! Incrível! O Brasil, na raça, tinha empatado a partida. Haveria decisão por pênaltis? Não.
No lance seguinte, mais emoção. A França chega na área brasileira, o goleiro Matheus espalma para o lado e, livre, com o gol aberto à sua frente, Lihadji chuta na trave. O gol perdido fez o atacante desabar no gramado.
Aos 41 minutos, a França chega ao terceiro gol, numa falta alçada para a área. Mas Matsima estava impedido ao cabecear e o lance foi anulado sem sequer necessitar da ajuda do árbitro de vídeo.
Aos 43, veio a redenção para os brasileiros. Na cobrança deste impedimento, chute direto do goleiro Matheus, a bola chegou até o atacante Lázaro que, dentro da área, dominou, preparou o míssil e soltou a bomba: indefensável para Zinga. O Brasil virava o placar: 3 a 2!
A classificação heroica foi muito comemorada pelos jogadores. Lázaro, autor do gol da vitória, disse que o importante é sempre acreditar. “O gol só saiu porque eu corri atrás da bola, acreditei que era possível chegar. Estou muito feliz por honrar essa torcida maravilhosa!” – disse o atacante da Seleção.
O improvável eles já tinham feito.
Ficha técnica:
Quinta-feira, 14 de novembro de 2019
BRASIL 3 x 2 FRANÇA
Competição: Mundial Sub-17 (Semifinal)
Local: Estádio Bezerrão, Gama (DF)
Juiz: Ivan Barton (El Salvador)
Público: 13.587
Brasil: Matheus Donelli, Yan Couto (Sandry), Henri, Luan Patrick e Patryck; Daniel Cabral, Pedro Lucas (Garcia) e Diego (Lázaro); Veron, Kaio Jorge e Peglow. T: Guilherme Dalla Dea.
França: Zinga, Pembelé, Matsima, Kouassi e Soppy; Millot (Hassan), Aouchiche e Ahamada; Kalimuendo Muinga (Lepenant), M´Buku e Lihadji. T: Jean Claude Giuntini.
Gol: No 1o tempo: Kalimuendo Muinga (6) e M´Buku (13). No 2o tempo: Kaio Jorge (16), Veron (30) e Lázaro (43).
Agência Brasil