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CCJ do Senado aprova projeto que autoriza venda de plasma humano

“É preciso oportunizar para que a iniciativa provada faça algo que há 18 anos a Hemobrás tenta fazer e não faz. Queremos fortalecer o SUS. tirar do peso do SUS isso que ele não consegue fazer. Queremos técnica moderna para tirar o plasma e dele produzir medicamentos necessários”, defendeu na sessão.

Um outro trecho apontado como problemático da proposta é que os medicamentos produzidos pela iniciativa privada a partir do plasma humano poderão ser comercializados dentro e fora do Brasil. A relatora colocou no texto que esses remédios sejam destinados “preferencialmente” ao Sistema Único de Saúde (SUS), mas não exclusivamente.

Marcelo Castro criticou também o trecho específico, ressaltando que o SUS vai continuar desabastecimento pelos medicamentos hemoderivados, como imunoglobulina. Ele chegou a apresentar uma emenda que visava determinar que o plasma humano só poderia ser processado pelo setor privado para complementar o setor público e sob demanda do Ministério da Saúde.

Mais cedo, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, foi ao Senado para pedir que os senadores rejeitassem a PEC.

“Essa PEC autoriza empresas privadas a captarem o sangue humano e venderem produtos desse sangue. É um verdadeiro vampirismo mercadológico. Autorizar empresa privada a sugar o sangue da população e a transformar em produto a ser vendido com o discurso de comprar esses produtos para tratar pacientes privados”, disse Padilha. O apelo não surtiu efeito.

Metrópoles

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