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Comandante da 3ª Cia/Piancó rebate vereadores que pedem sua saída por causa de blitzes: “A Polícia Militar não é pau mandado, acabou o ‘coronelismo’. Todos tem de cumprir a lei”.
Chega ao Blog informação de um quiproquó danado lá no município de Piancó, que tá rendendo com a crise envolvendo vereadores de oposição (ligados a setores do governo) e o comando da 3ª Cia da Polícia Militar por conta da realização de blitzes determinadas pelo Comando Geral e o 13º Batalhão, sediado em Itaporanga, mas que os edis veem como perseguição à mando do prefeito Daniel Galdino. Justificativa tanto sem nexo. Vereador Pedro Aureliano diz que enviou ofício ao CG pedindo a saída do Capitão Ismael Cunha Lima (foto), comandante da 3ª Cia de Piancó.
Blitzes estão acontecendo em todas as regiões do Estado com fiscalização de veículos para prevenir assaltos à agências de bancos e correios. Em Piancó motos foram apreendidas por irregularidades encontradas como estar atrasadas ou sem placas. Quando ouviu áudio do vereador Pedro, o Oficial da Briosa se viu no dever de esclarecer que cumpre a lei e determinação dos comandos e pontua que o vereador tenta “coagir” e “intimidar” a PM porque está com um carro atrasado e moto sem placa.
Sobre ingerência política (do prefeito) nas ações da polícia, o capitão diz que é “pura mentira desse vereador, não conheço no Brasil aonde prefeito mande em Polícia Militar” e questiona a atuação dos vereadores de oposição: “Ao invés de ir atrás disso, deveriam buscar saber se a violência em Piancó aumentou ou diminuiu? Como tá taxa de homicídios? A questão das drogas? Roubos? Furtos? Piancó hoje é uma cidade mais segura, mais pacata e tem ordem”, pontua o comandante.
“Não vamos baixar a cabeça até porque não somos pau mandado. E todo mundo tem de cumprir a lei, inclusive, ele (vereador) que andava falando e escondeu a moto que circulava sem placa, assim que começou as operações. O problema é que algumas pessoas acham que a política, enquanto vereador e prefeito, tem interferência na Polícia Militar, como no caso do vereador Pedro que tenta coagir e intimidar a polícia em seu trabalho no dia a dia, verificando quem anda armando na cidade…”, discorreu o capitão.
O comandante fez questão de afirmar que a lei será cumprida em Piancó: “Vivo do meu trabalho e da minha família, não de política. Agora a lei vai ser cumprida, não adianta o vereador tá fazendo ofício ao comando pedindo minha saída de Piancó. A preocupação do vereador é porque ele andava numa moto sem placa, pra cima e pra baixo, e agora não vai andar mais. Ele quer descumprir a lei e a polícia não vai permitir ele descumprir a lei. Não existe mais coronelismo nos tempos atuais”.
Capitão C. Lima sai em defesa da Briosa e efetivo de Piancó: “A Polícia Militar não é mais pau mandado de político como o senhor (vereador) que quer intimidar e menosprezar policiais da cidade. A pessoa do Comando Geral é honesta, honrosa, que está junto do seu policial em qualquer momento desde que este esteja cumprindo a lei. Vamos continuar combatendo a criminalidade e a população tem aprovado o trabalho da polícia em Piancó”, disse.
O comandante falou ainda sobre a total desorganização da eleição do Conselho Tutelar e que mesmo com apenas quatro policiais conseguiu dar conta da situação. O Capitão C. Lima é conhecido por onde atuou pela bravura, um militar linha dura, ostensivo, que faz cumprir tudo dentro da lei e de não atender a nenhum político independente de cores partidárias.
Sobre a atuação dos vereadores de oposição em Piancó ele pontua como “covarde” e “traiçoeira”: “O vereador Hermógenes, por exemplo, vai à João Pessoa para audiência em prol da implantação da UEPB em Piancó e lá se cala, se acovardou; o vereador Cícero de Zé Rico, que votou no deputado Taciano, sequer engrossou a comitiva piancoense nessa luta; a vereadora Cristiane não tocou na ausência (durante a audiência) da deputada Estela (em quem ela votou) um instante sequer, seja na imprensa local ou paraibana, ou mesmo na tribuna da câmara; enfim, os vereadores de oposição em Piancó fazem denúncia, perseguem servidores…mas, na hora agá se fazem de bons moços…se acovardam e se escondem”, disse o comandante.