Depois de duas semanas, força-tarefa apaga incêndio na Serra da Santa Catarina em Aguiar
Após 15 dias de muito trabalho, a força-tarefa – composta pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Semas), Corpo de Bombeiros, Batalhão Ambiental e Grupo Tático Aéreo da Polícia Militar e brigadistas do PrevFogo/Ibama – informa que o incêndio na área do entorno do Parque Estadual da Serra da Santa Catarina foi extinto, baseando-se nas evidencias técnicas da equipe de campo e de monitoramento remoto. A força-tarefa pede a contribuição da população nesse período de estiagem para que não haja novas ocorrências nesta e em outras áreas do Estado.
Durante o final de semana, a força-tarefa realizou diligências em toda a área que foi afetada pelo fogo e foi constatado que não existem mais focos de fogo ou fumaça. Os focos de fogo estiveram centralizados na área da zona de amortecimento (entorno do Parque Estadual da Serra da Santa Catarina). Os esforços dessa ação garantiram que durante esses 15 dias o fogo não avançasse para dentro dos limites territoriais do Parque.
A secretária de estado do Meio Ambiente e Sustentabilidade, Rafaela Camaraense, ressaltou o trabalho da força-tarefa como fundamental para o sucesso da operação. “Com muito alívio, comunicamos que o incêndio foi controlado e extinto e não existem mais focos de fogo e nem sinal de fumaça na área atingida. É importante lembrar que a contribuição da população é essencial para que não tenhamos outras ocorrências como essa durante esse período de estiagem”, afirmou.
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Marcelo Araújo, explicou que o incêndio foi controlado ainda na sexta-feira (6), mas durante todo o final de semana a equipe esteve presente comprovando o final do incêndio. “A formação da força-tarefa foi muito importante para o sucesso da operação, pois a área é de difícil acesso e não tínhamos como disponibilizar carros que realizassem esse trabalho. Estamos em um período seco e com baixa umidade e isso favorece esse tipo de ocorrência”, afirmou o coronel.
Para o gerente executivo de Mudança e Adaptações Climáticas, Jancerlan Gomes, o monitoramento via satélite foi fundamental para contribuir com a condução dos trabalhos realizados no campo. “Estivemos durante esses 15 dias realizando um monitoramento via satélite que foi fundamental para montagem do plano de ação. Na madrugada de hoje, já realizamos acesso ao satélite e constatamos que não houve novos alertas, o que demonstra claramente que o trabalho de campo foi eficiente”, disse o gerente.
As autoridades informam ainda que não houve registro de pessoas e nem animais de rebanho e silvestres machucados ou mortos. A equipe técnica, que estava no local realizando o monitoramento terrestre, visualizou bandos de macacos e cobras na área próxima onde aconteceu o incêndio. De acordo com o gerente executivo de Fauna Silvestre, Juan Lourenço, a visualização dos animais manifestando comportamento natural de alimentação e descanso demonstra que os impactos causados pelo incêndio já não estavam os afetando.
O incêndio – No dia 25 de setembro, a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) recebeu uma denúncia de focos de fogo, na Serra da Santa Catarina. Dois dias após, de acordo com o monitoramento, os focos de fogo passaram de dois para 10 e uma sala de situação foi elaborada para realização de um monitoramento. Uma força-tarefa foi montada com a presença da equipe técnica da Semas, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, e brigadistas do PrevFogo/Ibama.
De acordo com o monitoramento via satélite, o incêndio chegou a apresentar 32 focos de fogo – e esse aumento rápido aconteceu devido às condições climáticas que a estação apresenta. A área atingida foi de aproximadamente 270 hectares, sendo totalmente ou parcialmente 21 propriedades e posses rurais, das quais 12 no município de São José de Piranhas e nove em Nazarezinho. A área atingida na sua maioria é o terço superior do topo da montanha da Serra do Boqueirão, extensão da Serra da Santa Catarina.
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