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Embaixada em Brasília tem atos de venezuelanos contra Maduro e de brasileiras a favor do ditador

A embaixada da Venezuela em Brasília, único local no Brasil com possibilidade de votação para o pleito presidencial no país vizinho, reuniu no início neste domingo (28) alguns venezuelanos opositores a Nicolás Maduro, mas também brasileiras que apoiam o ditador.

Integrantes de movimento agrário dissidente do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), as mulheres disseram que foram convidadas pela própria representação para prestar “apoio moral”.

No meio da tarde, dezenas de venezuelanos contrários ao ditador fizeram um protesto na Torre de TV, no centro da capital federal, com gritos de “viva à democracia” e “que se vá, Nicolás”.

Entre eles, estava a diplomata Maria Teresa Belandria, representante no Brasil do líder oposicionista venezuelano Juan Guaidó e que foi reconhecida durante a gestão de Jair Bolsonaro como embaixadora da Venezuela no Brasil.

Todos os venezuelanos barrados na votação que conversaram com a Folha apoiam a oposição. Segundo eles, “a melhor opção é mudar”. Alguns deles preferiram não se identificar, dizendo temer represálias a familiares que moram na Venezuela.

Pouco antes das 15h, seis mulheres brasileiras com camisetas da organização FNL (Frente Nacional de Luta Campo e Cidade) chegaram à embaixada, em dois grupos. O movimento foi criado por José Rainha Jr., um dos fundadores do MST e que, depois, rompeu com o movimento.

No primeiro, uma delas, chamada Lucieni, disse que elas haviam sido chamadas pela embaixada, mas que ainda não sabia do que se tratava.

A coordenadora, Conceição Pereira, 55, chegou na sequência e disse que o movimento foi convidado pela representação para se fazer presente. Segundo ela, o movimento defende a reforma agrária e tem na embaixada venezuelana uma aliada. Questionada sobre quem apoiavam nas eleições, ela respondeu Maduro.

Ao ser perguntada sobre as restrições que impediram os venezuelanos de votar, Pereira fez uma pausa na fala. Depois, disse que não sabia dos relatos.

Folhapress

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