ESQUECIDO PELA MÍDIA: ao lado de Moreira Filho, um dos maiores sucessos dos anos 70, Fernando Lélis canta e manda abraços aos conterrâneos; assista e saiba onde mora o artista
O cantor e compositor paraibano, Moreira Filho, teve um encontro pra lá de especial no Rio de Janeiro. Nos vídeos enviados pelo artista à redação do Polêmica Paraíba, ele aparece ao lado do cantor Fernando Lélis, natural de Itaporanga, no Sertão da Paraíba.
Emocionado, seu conterrâneo, Moreira Filho, que está morando no Rio de Janeiro disse que o procurou durante um bom tempo e descobriu que ele mora a três quadras de sua rua.
Para quem não sabe, Fernando Lélis foi um artista de grande sucesso com músicas de Brega nos anos 60 e 70. Hoje, esquecido pela mídia, muitos imaginavam que ele já havia falecido. No vídeo, Lélis dá uma palhinha e manda um abraço para os seus conterrâneos, da Paraíba.
Sobre Fernando Lélis
Fernando Lélis nasceu no dia 03 de abril de 1932, em Itaporanga, no Sertão da Paraíba, o cantor e compositor fez o estilo chamado de brega (romântico popular), tendo muitos fãs pelo Brasil afora, se estabeleceu muito cedo na cidade do Rio de Janeiro, onde mora vendendo seus discos em praças públicas, e fazendo seus shows. Literalmente é um artista do subterrâneo.
‘Tititi e Um par de Alianças’, músicas surgidas em décadas diferentes, e mesmo com idades e estilos nada parecidos, conseguiram alcançar o sucesso e projetar um homem simples do interior da Paraíba para o estrelato nacional. João Lélis Pinto, depois batizado artisticamente de Fernando Lélis, saiu de Itaporanga ainda na adolescência, migrou para João Pessoa e, de lá, para o Rio de Janeiro, onde conquistou o país inteiro através da música.
Lélis é a fusão de duas famílias bem conhecidas de Itaporanga, os Pintos do Jenipapo, e os Vicentes, do sítio Cantinho, berço de alguns dos grandes nomes da música regional, entre os quais Dedé, Zé Badú, Francimar Araújo e o maestro Geraldo de Mazinho.
Foi na década de 70 que Fernando Lélis começou profissionalmente na música, gravando um compacto em vinil com duas faixas. Esse primeiro trabalho não repercutiu nacionalmente, mas em um cantinho da cidade de Itaporanga foi sucesso disparado. A Casa Rádio, antiga loja do saudoso João Vicente Neto, primo do cantor. Mas, quatro anos depois, o filho de Luiz Pinto (Lula) e Luzia Alves Pinto encontrou o caminho do sucesso com o LP “Amor que coisa linda”, com o maior destaque para a música “Um par de alianças”.
Depois disso, vieram muitos outros sucessos, Jesus e Madalena, Pecadora e Cadeira Vazia, este de Lupicínio Rodrigues, e Os Apaixonados, música feita exclusivamente para Fernando Lélis pelo famoso compositor Adelino Moreira, o homem que projetou Nelson Gonçalves para o sucesso.
Fernando Lélis conquista o rádio, a TV e um grande público por todo o Brasil. Suas interpretações apaixonadas lhe renderam o apelido de “O apaixonado”. O ano de 1984 marca a entrada de Fernando Lélis no mercado musical com suas próprias composições. O Itaporanguense lança o disco “Tá chovendo mulher”. É uma gravação que rompe com o romantismo metódico, até então a marca principal do artista, ao trazer estilos mais rítmicos e diversificados merengue, frevo, bolero. Mas é com uma letra popular e bem humorada que Lélis reconquista o sucesso nacional.
Tititi, uma de suas parcerias com Jacinto José, tocou no país inteiro e fez tanto sucesso que foi regravada por diversos nomes da música brasileira, entre os quais Fafá de Belém. A última vez que o cantor visitou Itaporanga foi em 1975, quando foi rever os familiares, mas não poderia regressar ao Rio sem presentear seus conterrâneos com um grande show. A festa foi no Atlântida Esporte Clube e reuniu centenas de itaporanguenses.
Esquecido pela mídia, como alguns dos grandes nomes da música popular brasileira, Fernando Lélis continua no Rio de Janeiro. Fernando Lélis é hoje um artista de maior projeção nacional de todos os tempos. Seu maior sucesso continua sendo: Um par de alianças. Ouça abaixo:
Assista aos vídeos do encontro de Moreira Filho com Fernando Lélis:
Fonte: Polêmica Paraíba com informações de Naldinho Rodrigues
Créditos: Polêmica Paraíba