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Estudo da OCDE revela que 24% dos brasileiros entre 25 e 34 anos não estão trabalhando nem estudando

Um estudo recente da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), intitulado Education at a Glance 2024, revela que 24% dos jovens brasileiros entre 25 e 34 anos não estão nem trabalhando nem estudando, conhecidos como “nem-nem”. Embora essa taxa tenha diminuído de 29,4% em 2016, ainda é considerada elevada. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2022 apontou que 20% dessa faixa etária, o que equivale a 9,6 milhões de jovens, se enquadra nessa categoria.

Os principais fatores que levam à evasão escolar incluem a necessidade de ingressar no mercado de trabalho, que afeta 40,2% dos jovens, além de gravidez, que impacta 22,4%, e responsabilidades domésticas, que atingem 10,3% dos jovens nessa faixa etária. Esses dados refletem um cenário preocupante, especialmente quando comparados à média da OCDE, que é de 13,8% para jovens “nem-nem”.

A crise econômica enfrentada entre 2015 e 2016, juntamente com os efeitos da pandemia, teve um impacto significativo na oferta de empregos no Brasil. Para reverter essa situação, especialistas recomendam a melhoria da qualidade do ensino básico e o fortalecimento da educação técnica e profissionalizante. Atualmente, apenas 10% dos estudantes brasileiros estão matriculados em cursos técnicos, em contraste com 68% na Finlândia. Outro ponto destacado pelo estudo é a desigualdade de gênero no mercado de trabalho. Apesar de as mulheres apresentarem melhores resultados educacionais, elas ainda enfrentam dificuldades para se inserir no mercado.

No Brasil, apenas 44% das mulheres jovens com nível educacional abaixo do ensino médio estão empregadas, enquanto essa taxa é de 80% entre os homens. Mesmo entre aquelas com ensino superior, as mulheres recebem, em média, apenas 75% do salário dos homens. Além disso, a estrutura do ensino superior no Brasil é marcada pela predominância de instituições privadas, com 81% dos alunos matriculados em 2022. Em contraste, na média da OCDE, 63% dos estudantes se formam em instituições públicas. A internacionalização dos estudantes brasileiros é quase inexistente, com uma participação que se aproxima de 0%, o que limita as oportunidades de intercâmbio e experiências internacionais para esses jovens.

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