Hacker russo afirma ter invadido satélites brasileiros
Um hacker russo diz ter acessado informações dos satélites CBERS-2/B, GLS-LANDSAT e LANDSAT-1/7, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Conhecido como Samurai, o criminoso disse que o ataque aconteceu na última semana e que o acesso aos dados sigilosos foi possível por meio de linhas de comando explorando vulnerabilidades do sistema.
O que se sabe sobre o ataque?
O hacker chegou a compartilhar as informações acessadas na internet e até ensinou o passo a passo para roubar esse tipo de dados.
E disse, até, que poderia derrubar os satélites, embora não haja nenhum tipo de confirmação de que um ataque do tipo possa efetivamente trazer essa consequência.
O INPE é o responsável pela pesquisa e exploração espacial no Brasil.
Já os satélites CBERS, alvos do criminoso retransmitem para uma estação receptora os dados coletados por uma rede de aproximadamente 750 plataformas automáticas de coleta de dados ambientais (PCDs) distribuídas ao longo do território nacional.
Por outro lado, os satélites LANDSAT enviam as imagens de recursos naturais terrestres capturadas no Brasil.
O governo brasileiro não se pronunciou sobre o caso.
Casos assim são cada vez mais comuns
Ataques hackers contra órgãos de governo têm se tornado cada vez mais comuns nos últimos anos.
Recentemente, o embaixador dos Estados Unidos na China teve seu e-mail hackeado e centenas de milhares de informações da Casa Branca podem ter sido comprometidas, segundo informações do The Wall Street Journal.
Os criminosos conseguiram acesso aos e-mails de cerca de 25 organizações, incluindo pelo menos duas agências do governo dos Estados Unidos, após uma falha no sistema da Microsoft.
Os hackers foram identificados como Storm-0558 , um grupo que usa principalmente espionagem, acesso a credenciais e roubo de dados para atingir agências governamentais na Europa Ocidental.
“No mês passado, as salvaguardas do governo dos EUA identificaram uma invasão na segurança da nuvem da Microsoft. Os funcionários imediatamente contataram a Microsoft para encontrar a fonte e a vulnerabilidade em seu serviço de nuvem.
Continuamos a manter os fornecedores de compras do governo dos EUA em um alto limite de segurança”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Adam Hodge.
Liu Pengyu, porta-voz da embaixada da China em Washington, afirmou que são “infundadas” as especulações sobre a origem dos ataques cibernéticos.
“A China se opõe firmemente e combate ataques cibernéticos e roubo cibernético em todas as formas. Esta posição é consistente e clara. Identificar a origem dos ataques cibernéticos é uma questão técnica complexa. Esperamos que os lados relevantes adotem uma atitude profissional e responsável… em vez de fazer especulações e alegações infundadas”, observou.
Olhar Digital