Homem que deu caneta a Lula diz que ela foi mais barata que “dose de conhaque”
A história da caneta utilizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assinar o termo de posse no último domingo (1°) segue repercutindo. No desdobramento mais recente do caso, o homem que teria presenteado o petista com o item em 1989, o piauiense Fernando Menezes, diz ter certeza que o objeto usado por Lula é o mesmo comprado por ele há mais de 30 anos.
– Quando o Lula falou na caneta, eu apaguei, não consegui me mexer, porque a história da caneta é verdade. Tenho a foto dele anotando o nome das pessoas do Piauí em cima do caminhão. Eu sei que o Lula disse que recebeu a caneta de um piauiense em 89, e esse piauiense fui eu – disse ele ao portal O Dia.com, do Piauí.
Apesar do caso apresentar algumas controvérsias a respeito das datas e do próprio objeto que foi dado de presente a Lula, Fernando garante que comprou a caneta há mais de três décadas quando estava em um estabelecimento na cidade de Picos, no Piauí, e que o entregou ao petista quando foi a Teresina, capital do estado. Ele diz ainda que o item foi mais barato que uma “dose de conhaque”.
– Eu estava na cidade de Picos, estava com muita febre e entreguei nessa bodega para tomar um conhaque com limão. Foi quando eu vi essas canetas amarradas em uma linha americana e comprei. A caneta foi mais barata que a dose de conhaque. Quando vim para Teresina e vi o Lula, dei a caneta a ele e disse que era pra assinar o termo de posse como presidente – afirmou.
No entanto, a caneta utilizada por Lula, que pode ser encontrada à venda na internet em sites de produtos de luxo, é a Montblanc Writers, que sequer existia em 1989, quando o presidente disse ter recebido o presente. A série Writers foi lançada pela marca alemã – que é tradicional por suas canetas luxuosas – apenas em 1992, três anos depois do ano que foi citado pelo petista na posse.