Pacheco e Lira deixam presidências do Congresso e têm futuro incerto
Arthur Lira (PP) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) se despedem neste sábado (1º) das presidências da Câmara dos Deputados e do Senado, respectivamente, após dois mandatos de dois anos cada. Ambos retornarão aos seus cargos originais como parlamentares, mas o futuro político de ambos permanece incerto.
Após ocuparem posições de liderança no Poder Legislativo, é improvável que Lira e Pacheco retornem simplesmente às suas funções anteriores. Um caminho comum para ex-presidentes das casas legislativas é a nomeação para cargos ministeriais, e tanto Lira quanto Pacheco são considerados potenciais ministros no governo Lula.
Desafios políticos para possíveis nomeações
Rodrigo Pacheco é visto como mais alinhado ao governo Lula, enquanto Arthur Lira, embora aliado do atual governo, mantém fortes laços com a direita e o ex-presidente Bolsonaro. A nomeação de Lira para um ministério poderia gerar rejeição entre seu eleitorado, dada sua prévia aliança com Bolsonaro.
O partido de Lira, o PP, reivindica uma vaga na Esplanada dos Ministérios, com interesse particular no Ministério da Saúde. Contudo, o presidente Lula já sinalizou que esta pasta permanecerá sob controle do Partido dos Trabalhadores.
Distribuição de comissões no Congresso
A distribuição das comissões na Câmara e no Senado também está em pauta. Hugo Mota e Davi Alcolumbre emergem como favoritos para liderar esse processo, devido à sua capacidade de articulação com diversos partidos.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, que já foi do PT e, por último, do PL no ano passado, vai para o MDB.
A mesa diretora da Câmara dos Deputados, diferentemente de gestões anteriores, não deve ter nenhum mineiro como titular. É possível, no entanto, que tenha como suplente.
As negociações para a composição das comissões e da mesa diretora continuarão ao longo da próxima semana, com os partidos buscando garantir posições estratégicas no novo cenário legislativo.