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Paraíba tem aumento de mais de 80% de casos da ‘doença dos gatos’ em 2023; mortes já foram registradas no estado

Esporotricose atinge os humanos após contato (mordidas ou arranhões) com gatos infectados por um fungo do gênero Sporothrix, que entra no organismo por meio de feridas na pele.

A Paraíba registrou um aumento de 81% na quantidade de casos de esporotricose, uma enfermidade popularmente conhecida como ‘doença dos gatos’ e que provoca lesões na pele. Os dados foram confirmados ao ClickPB nesta terça-feira (17) pela Secretaria de Estado de Saúde da Paraíba (SES).

Como apurado pelo ClickPB, de janeiro a 20 de setembro de 2022 a Paraíba havia contabilizado 237 casos notificados e uma morte. No mesmo período deste ano, foram 431 casos e uma morte.

O ClickPB observou junto ao Ministério da Saúde que a esporotricose atinge os humanos após contato (mordidas ou arranhões) com gatos infectados por um fungo do gênero Sporothrix, que entra no organismo por meio de feridas na pele.

O fungo também foi entrar nos humanos após trauma e acidentes com espinhos, palha ou lascas de madeira ou contato com vegetais em decomposição. Veja abaixo quais as principais formas clínicas da doença em humanos.

  • Esporotricose cutânea: caracteriza-se por uma ou múltiplas lesões, localizadas principalmente nas mãos e braços;
  • Esporotricose linfocutânea: é a forma clínica mais frequente; são formados pequenos nódulos, localizados na camada da pele mais profunda, seguindo o trajeto do sistema linfático da região corporal afetada. A localização preferencial é nos membros;
  • Esporotricose extracutânea: quando a doença se espalha para outros locais do corpo, como ossos, mucosas, entre outros, sem comprometimento da pele;
  • Esporotricose disseminada: acontece quando a doença se dissemina para outros locais do organismo, com comprometimento de vários órgãos e/ou sistemas (pulmão, ossos, fígado).

Tratamento

O ClickPB notou, com base em dados do Ministério da Saúde, que para confirmação do diagnóstico da doença, o paciente deve procurar ajuda médica quando notar o aparecimento de lesões sem explicação aparente pelo corpo. Após isso, ele será submetido a exames.

Após a confirmação, os pacientes recebem tratamento com o medicamento Itraconazol, um antifúngico específico, fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento pode durar entre três meses e até um ano e é feito nas Unidades Básicas de Saúde.

Na Paraíba, a SES informou que casos mais graves de esporotricose são atendidos no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) em João Pessoa.

Piancó - LGNET

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