PB vai monitorar grupos de WhatsApp para coibir atos contra democracia e crimes
As Forças de Segurança da Paraíba em conjunto com o Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual vão atuar de forma conjunta, em parceria com outros órgãos, para coibir possíveis crimes que estejam sendo articulados por grupos de WhatsApp compostos por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que não aceitam o resultado das urnas.
Durante reunião realizada ontem (1º), ficou deliberado que os crimes praticados nas redes sociais serão encaminhados para apuração nos órgãos. Durante o encontro, também ficou definido que a Polícia Militar dará suporte à Polícia Rodoviária Federal (PRF) e à Semob de João Pessoa, Patos e Campina Grande nos possíveis casos de manifestações. T
Também foi alinhado que quando houver elementos mínimos da ocorrência de crimes, as forças policiais conduzirão manifestantes às delegacias de polícia.
O secretário Jean Nunes destacou que na reunião foi instituído comitê de crise, com todos os órgãos integrados.
“É importante para que possamos dar uma resposta mais rápida caso precisemos de uma ação de desobstrução das vias, seja nas rodovias federais ou nos municípios. Isso vai permitir melhor trabalho de prevenção, com atividade de inteligência e monitoramento, além de mais precisão e eficiência no caso de qualquer intervenção mais ostensiva. No caso da prática de crime haverá condução para delegacias, de Polícia Federal ou de Polícia Civil, para que respondam e o MP ficará ciente para que acompanhe”, frisou.
Jean Nunes ainda informou que, desde cedo, toda a tropa da Polícia Militar, choque, Bope, cavalaria e canil e Ciosac, está pronta para qualquer evento que possa acarretar prejuízos, transtornos no tráfego de veículos, sobretudo, algum tipo de agressão física ou até mesmo verbal. O Corpo de Bombeiros Militar também está em prontidão.
O procurador da República José Godoy de Souza ressaltou a relevância do alinhamento dos órgãos.
“É fundamental a atuação conjunta dos órgãos da segurança, das forças policiais, com os órgãos do Sistema de Justiça, que têm a atribuição de processar criminalmente, em caso de eventuais crimes praticados, para que haja resposta rápida do Estado, a fim de preservar a democracia, o regime democrático, o direito de ir e vir das pessoas, o sistema de transporte, a estrutura de alimentos, de atendimento à saúde e diversos outros serviços essenciais que transitam nas nossas estradas, serviços cruciais que são impedidos”, argumentou.
Godoy assegurou que serão adotadas todas as medidas necessárias para o funcionamento regular do transporte nas vias públicas, como para a defesa da democracia e dos valores constitucionais.
Identificação de envolvidos – Em reunião na manhã desta terça no Ministério Público Federal, a PRF confirmou a existência de poucos bloqueios que foram solucionados, mediante negociação com os protestantes. Participaram o secretário de Estado e Defesa Social, Jean Nunes; o comandante-geral da Polícia Militar na Paraíba, Sérgio Fonseca; o superintendente da Polícia Rodoviária Federal, Giovanni di Mambro e o delegado Raone Aguiar, representante da Superintendência Polícia Federal.
A partir da reunião, o MPF requereu à PRF que, além do desbloqueio das rodovias federais, identifique as pessoas envolvidas, sobretudo, os veículos utilizados, e envie os dados ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal. Ficou acordado que a Polícia Federal também vai apurar criminalmente possíveis atos e manifestações.
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