CVN POLITICA

Planalto não intervém em crise entre STF e Congresso

Com urgência nas matérias econômicas, o Palácio do Planalto entendeu que o melhor é adotar uma postura de neutralidade na crise entre Supremo Tribunal Federal (STF) e o  Congresso diante da atuação da Corte em pautas do marco temporal das terras indígenas, da descriminalização do aborto até a 12ª de gestação e da descriminalização do porte e da posse de maconha.

O entendimento do Planalto é que a estratégia mais eficaz é manter distanciamento do problema na relação entre os dois poderes. Líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE) já explicita ao Metrópoles que o Executivo permanecerá neutro nessa crise institucional.  A mesma estratégia é compartilhada por figuras ligadas ao Planalto. O foco do momento é a pauta econômica.

Mas, por outro lado na semana passada, o PL encabeçou um movimento de obstrução nas votações da Câmara e do Senado, como forma de protesto contra a atuação do STF nessas pautas, incluindo a decisão do STF que considerou válida a cobrança de contribuição para sindicatos.

A votação foi suspensa após pedido de análise do ministro Luís Roberto Barroso, novo presidente da Corte. Barroso retirou o julgamento do plenário virtual (quando os ministros apenas incluem seus votos, sem discussão) e o colocou no plenário físico, mas ainda não o pautou.

Já em relação ao julgamento sobre drogas, o Supremo já possui cinco votos para liberar o porte de maconha para consumo próprio. A votação foi suspensa após pedido vista (mais prazo para análise) do ministro André Mendonça. Até agora, só Cristiano Zanin votou contra a descriminalização.

Alguns parlamentares da base, inclusive, têm apoiado um “contra-ataque”. Na proposta de emenda à Constituição (PEC) de combate às drogas, por exemplo, apresentada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), como resposta ao julgamento que corre no Supremo, houve assinatura da senadora Eliziane Gama (PSD-MA), da base governista.

Piancó - LGNET

Artigos relacionados

DEIXAR UM COMENTÁRIO

Política de moderação de comentários: A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro ou o jornalista responsável por blogs e/ou sites e portais de notícias, inclusive quanto a comentários. Portanto, o jornalista responsável por este Portal de Notícias reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal e/ou familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.
Botão Voltar ao topo