Presidente do Chile propõe adiamento de eleições por cinco semanas
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, anunciou na noite deste domingo (28) que a eleição para decidir a formação da assembleia constituinte do país será postergada para os dias 15 e 16 de maio. A data inicial era 11 de abril. A decisão foi comunicada depois de um encontro entre Piñera, o conselho sanitário de seu governo e alguns ministros no palácio de La Moneda, a sede do governo chileno.
O anúncio deve passar, porém, por uma confirmação por parte do Congresso. O pedido será enviado na manhã desta segunda-feira (29) ao parlamento. “Peço que o Congresso não coloque restrição a essa mudança, que é necessária”, afirmou o mandatário, ao final da declaração. O país vive uma alta da curva de contágios que levou o governo a adotar o confinamento de mais de 16 milhões de pessoas entre a região metropolitana de Santiago e outras cidades. O país registra 977.243 casos e 22.754 mortes.
O Chile é o país que vem vacinando com maior rapidez e quantidade na América do Sul, tornando-se um modelo de imunização na região, com quase 40% da população tendo recebido já pelo menos a primeira dose.
Ainda assim, os hospitais e centros de saúde encontram-se lotados, e médicos e enfermeiras pedem ao governo mais medidas para evitar a sobrecarga. A chegada das novas variantes ao país aceleraram as transmissões. E zonas como a região metropolitana de Santiago, Puerto Montt, Valdivia, Talca e Temuco tiveram mais mortos por coronavírus neste ano do que em todo o ano de 2020. “As vacinas são eficazes, e vão ter um efeito sobre a curva de mortos, mas ainda precisamos continuar com os cuidados e continuar vacinando. O adiamento vai nos permitir vacinar mais chilenos e proteger mais a sociedade para que a eleição seja possível com a máxima segurança”, afirmou Piñera.
O presidente também afirmou: “Esta foi uma decisão muito difícil, mas devemos tomá-la e temos plena convicção de que é o melhor para o Chile e para os chilenos”.