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Responsável por plano de atentado contra Moro é assassinado na cadeia

O Primeiro Comando da Capital (PCC) executou na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau Janeferson Aparecido Mariano Gomes, conhecido como Nefo, o homem que havia coordenado o plano para um atentado contra o senador Sérgio Moro. Nefo, integrante da chamada Sintonia Restrita, foi preso em 22 de março de 2023 durante a Operação Sequaz, que desmantelou o grupo que planejava o crime.

Segundo investigadores do caso, o crime teria sido um acerto de contas dentro da facção, devido ao fracasso do plano de resgate de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e dos atentados planejados contra autoridades pelo PCC. Nefo teria sido eliminado por ter “falado demais” sobre os planos, o que levou à sua execução.

Quando Nefo foi preso, seis meses antes, seus comparsas haviam recebido a ordem para monitorar Sérgio Moro. Alugaram chácaras em Curitiba, onde chegaram a construir uma parede falsa para esconder armas e dinheiro. Além disso, Nefo providenciou uma casa próxima à residência da família do senador e uma sala comercial ao lado do escritório político de Moro na mesma cidade.

O plano foi descoberto pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo, que repassou as informações à Polícia Federal. Após a quebra de sigilo dos celulares apreendidos com o grupo de Nefo, foram encontradas imagens e comentários capturados na internet, feitos pelos criminosos da célula “Restrita” do PCC.

As investigações revelaram todo o planejamento, preparação e execução dos atentados planejados contra o senador Moro, com a coordenação de Nefo. Em setembro de 2023, os agentes apreenderam explosivos e materiais para acionamento dos artefatos no imóvel usado pelo grupo em Curitiba.

O material apreendido poderia ser usado em um atentado a bomba contra o senador. Para essa ação, a facção mobilizou uma célula com três integrantes, financiando todos os custos, como estadia, celulares, aluguéis, seguro, IPTU, mobília, transporte e até a compra de eletrodomésticos. Além de Moro, o promotor Lincoln Gakiya, do Gaeco, era outro alvo dos bandidos.

Os atentados contra autoridades e o promotor eram considerados o Plano B da facção, enquanto o Plano A era o resgate de Marcola, líder da facção. Há mais de um ano, a inteligência do Departamento Penitenciário Federal (Depen) e da PF acompanhavam as movimentações e diálogos dos presos da facção na penitenciária federal de Brasília. O plano envolvia o treinamento de mercenários na Bolívia e arregimentação de integrantes do chamado Novo Cangaço para invadir o presídio e resgatar Marcola, mas as prisões que atingiram a Sintonia Restrita frustraram esses planos.

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