Taxa de transmissão da Covid-19 triplica em poucos dias na PB e índice supera 3,6
A análise feita pela Universidade Federal da Paraíba sobre a taxa de transmissibilidade da Covid-19 está em alta no estado. A Estimação do Número Reprodutivo Efetivo mostra que a cada 100 pessoas diagnosticadas com a doença no território paraibano, 361 são infectadas.
O mapa abaixo mostra que o número mostra uma tendência de alta dos casos confirmados. Na média móvel, quando são observados os últimos 14 dias, mostra-se que a taxa de R(t) está em 1,7, o que também pode preocupar as autoridades de saúde.
Se o índice for maior que um, o cidadão é capaz de infectar outra pessoa. Por exemplo, se a taxa estiver em 1,55, 100 cidadãos contaminados podem repassar o vírus para 155 pessoas, como explica a pesquisa a seguir:
Se Rt<1, ou seja, se cada indivíduo infeccioso causa, em média, menos do que uma nova infecção, então os níveis de contágio da doença irão decair e a doença irá, eventualmente, desaparecer;
Se Rt=1, ou seja, se cada indivíduo infeccioso causa, em média, exatamente uma nova infecção, então os níveis de contágio da doença permanecerão etáveis e a doença se tornará endêmica;
Se Rt>1, ou seja, se cada indivíduo infeccioso causa, em média, mais do que uma nova infecção, então a doença se propagará na população e poderá haver uma epidemia;
Internações em alta
A alta dos casos de Covid-19 tem sido perceptível com o aumento também das internações em decorrência da doença. Ontem, uma reportagem do Portal MaisPB mostrou que a maior parte das internações por Covid-19 na Paraíba está concentrada na faixa etária dos 65 anos. De acordo com informações da Secretaria Estadual de Saúde (SES), são 34 internações nas unidades de saúde no estado.
Além deste público, também há casos em outras faixas de idade. Na faixa etária dos zero a cinco anos, há três internações; oito na faixa etária dos 19 a 30 anos; 21 na faixa etária dos 31 a 49 anos; e sete na faixa etária dos 50 a 64 anos.
Não há internações na faixa etária dos seis a 18 anos. Em relação ao perfil dos pacientes, a SES informou que o número de casos está bem dividido entre homens e mulheres.
MaisPB