Tucanos tradicionais querem Geraldo Alckmin no governo de SP em 2022
O médico Geraldo Alckmin (PSDB) parecia preocupado: queria ser apenas um figurante na inauguração de um hospital da Prefeitura de São Paulo para tratamento de Covid-19, instalado justamente na universidade onde ele é professor.
Porém, Ricardo Nunes (MDB), vice-prefeito da capital, atrapalhou os planos do ex-governador. “Este hospital é uma contribuição de amor. Quando eu falo de amor, eu lembro do senhor, querido Geraldo Alckmin”, declarou Nunes, procurando Alckmin na aglomeração e o tirando do anonimato.
Alckmin evitou posar para as fotos da placa inaugural, mas era tarde demais. Ele havia sido anunciado como “o nosso sempre governador de São Paulo”.
Tucanos em extinção ou Alckmistas que estão voltando?
Em fevereiro de 2019, o ex-deputado Pedro Tobias renunciava ao cargo de presidente do PSDB paulista dizendo que “não agradava à cúpula” dos novos tucanos – isto é, Bruno Covas e João Doria. Também reclamava que o partido tinha se tornado uma “zorra total”.
Desde então, Tobias é o principal porta-voz do núcleo de oposição a João Doria no PSDB. Esse grupo é formado por “tucanos tradicionais”, que querem Geraldo Alckmin pela quarta vez no Palácio dos Bandeirantes.